sábado, 27 de março de 2010

quinta-feira, 11 de março de 2010

Hoje resolvi cuidar um pouco de mim: voltei pras secções de massagem, pode-se perguntar : O que isso tem a ver com arte? Eu responderei que tem sim , porque é como viver com arte, como procurar com arte driblar as necessidades orgânicas do nosso corpo.
Atualmente estou numa fase da idade em que quase tudo doí, a coluna,as pernas, os pés, resumindo :Quase todo corpo, apesar dos esforços que faço pra manter-lo activo através de caminhadas, dança e ginástica . Mas nem todo isso junto consegui ludibriar o eterno inimigo chamado tempo; Então peço auxilio as mãos experientes de Célia a massagista , que com suas mãos artísticas me ajudam a amenizar a ação do implacável inimigo.
Pra hoje quero deixar algo escrito por Fernando Pessoa , ENCERRANDO CICLOS; Sei que servirá muito mais pra mim ,por que insisto sempre em não encerrar meus próprios ciclos, isto é,teimosia que me persegue desde a infância mas quem sabe de tanto ler e reler eu aprenda a "aceitar" e encerrar meus ciclos .

ENCERRANDO CICLOS (Fernando Pessoa) Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando ‘por que isso aconteceu’? Pode dizer para si que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil,mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu própria, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és.. E lembra-te : “Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão”

quarta-feira, 10 de março de 2010

Um pouco sobre mim:

Quem sou eu?
Por essência sou uma artista plástica que já nasci pintando, que sentia mais que os outros e sonhava também mais que os outros. Essa criança sempre cercada de paparicos que só o amor de avó pode dar; Mas também com uma formação rígida, com conceitos bem formados, com educação esmerada. Com carinho, mas firme, sabendo respeitar “o outro” onde a lei a ser seguida era: “Não faça aos outros o que não gosta que lhe façam” Nisso estão incluídos os princípios básicos de viver em harmonia com o universo.
Meus primeiros trabalhos artísticos, fiz quando tinha seis anos, foram em aquarela. Sempre incentivada pelos meus avós, que me criaram desde os seis meses de idade. Aos dez anos pintei meu primeiro quadro a óleo sobre tela. Durante o colegial me dedicava a outras atividades artísticas.
A criança continuou crescendo com alegrias e tristezas da chegada da adolescência onde as coisas ficam tumultuadas, com mudanças repentinas de humor; Onde a opinião de ontem não é a de hoje que também não é a de amanhã.Chegam os amores, as primeiras paixões; despertar da sexualidade . “O sonho” e este sonho vai se perdurar por uma eternidade. Quantas paixões, quantos príncipes encantados... O primeiro beijo, como demorou para acontecer e como durou tão pouco... E vieram as substituições que sempre me acompanharam: A mãe e pai pelo avô e avó, a casa do engenho pela casa da cidade, um namorado por outro, uma paixão por outra; O lindo pelo inteligente, o vestido azul que eu tanto queria pelo cor de rosa que era mais chique, o noivo amado pelo próspero, o curso de belas artes por um curso da área médica, por ser o mais correto para uma” moça de família”.e então me graduei em Ciências Biomédicas pela Universidade Federal de Pernambuco. Casei-me, mudei de cidade, de vida, de sonhos. Realizei-me como mãe de três filhas maravilhosas.
Na Paraíba continuei minha trajetória artística, pintando e fazendo exposições. Abri um atelier escola onde eu pintava e ensinava pintura em tela, em porcelana, em seda, modelagem em cerâmica e outras atividades artísticas. Eu sempre soube que a arte era o esteio de minha vida, nela eu encontrava o equilíbrio para tocar os problemas do dia a dia, que sempre acontecem na vida, pois sei que a atividade artística nos leva a parâmetros emocionais que outras atividades raramente conseguem. Com o passar dos anos fui percebendo que as pessoas que freqüentavam o atelier, na sua maioria o faziam por terapia, porque precisavam ser ouvidas e principalmente a atividade que elas exerciam as deixava mais relaxadas e tranqüilas, criando uma integração com as outras companheiras e com a arte.
Os anos se passaram e essa minha atividade de ensinar pintura completou vinte e cinco anos. As alunas com o tempo vão sendo substituídas por novas turmas que chegam e outras continuam, mesmo sem precisarem de acompanhamento didático, pois elas freqüentam o atelier pelo fato de se sentirem bem, principalmente as que chegaram à terceira idade. Daí surgiu meu interesse pela Arteterapia, pelo acompanhamento teórico com base cientifica para poder ajudar essas pessoas.
No desenrolar do curso de pós graduação em Arteterapia, fui tomando conhecimento de como a arte abre canais na sensibilidade das pessoas, de como a expressão artística pode beneficiar suas vidas.
Durante o estágio tive oportunidade de conviver com pessoas diferentes, social e economicamente das que eu estava acostumada, mas elas me mostraram um mundo diferente onde eu e a arteterapia poderiam ser úteis. Por isso escolhi essas pessoas para desenvolver minha pesquisa dentro da monografia que me proponho a fazer.
Na Arteterapia encontrei um novo ciclo em minha vida, onde a razão e a sensibilidade se unem em uma meta: Lutar pelos ideais que desta vez não serão substituídos, só acrescentados.

terça-feira, 9 de março de 2010

Vivendo Arte c/ Lili Brasileiro

Hoje , dia 9 de Março de 2010 estou inaugurando meu Blogger...quanta emoção!!

Pretendo contar minha trajetoria de vida nas artes e com arte.